Sunday, April 9, 2017

Bairro da Quinta do Cabrinha

O Bairro da Quinta do Cabrinha apresenta elementos que evidenciam o antigo tecido industrial que caraterizou a zona de Alcântara, de forma mais acentuada a partir do séc. XIX, a par de elementos construídos de raiz há cerca de 18 anos, com o processo de demolição do Casal Ventoso e realojamento dos seus habitantes.
 
Assim, o bairro carateriza-se por um conjunto de prédios, de cerca de quatro andares, sendo ladeado de um lado e de outro de elementos caraterizadores dessa mesma industrialização.
 
De um lado, seguindo a Rua da Fábrica da Pólvora para norte, subsiste o Pátio 149 (que ainda não tive a oportunidade de conhecer mais de perto e por isso fotografar), junto aos quais se situa os restos de uma fábrica (não consegui ainda apurar se era de facto a fábrica da pólvora, sendo ainda visível que a sua utilização última foi como de oficina de uma empresa de rent a car; está atualmente murada).
 
Voltando para sul e sempre seguindo a Rua da Fábrica da Pólvora, percorremos as traseiras dos prédios mais modernos, surgindo de seguida um conjunto de prédios, que terão sido construídos para os operários e que têm a fisionomia habitual em Lisboa comum às vilas operárias construídas de forma mais ordenada (segundo o que pesquisei, o nascimento do Pátio do Cabrinha resultou das medidas tomadas nesse domínio pela Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, onde atualmente está instalado o Lx Factory).
 
Toda esta zona apresenta ainda muitas caraterísticas que a tornam singular. Não obstante ainda ser visível as necessidades em termos de reabilitação, evidenciada desde logo pela forte presença de associações dedicadas a várias formas de reabilitação social, a um estranho ao bairro, como eu, parece ali existir espírito de bairro, o que, como se sabe, é realidade cada vez menos frequente.
Fiquei muito impressionada com o bairro e com muita vontade de voltar, com calma e tempo, para conhecer e falar ou só mesmo para observar.
 
 
A ler:
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/fotos/editor2/Cadernos/2serie/4/4_art8.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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